Meditação II - Truques para driblar a mente

Meditação no inverno é mais difícil. Pra mim. O corpo acorda mais duro, menos alongado. Aquele frio que não dá vontade de levantar. O corpo meio dolorido. Preguiça.
Desde o primeiro dia de meditação, meditei todos os dias pela manhã. Exceto na quarta-feira. Não ouvi o despertador. Acordei atrasada e compensei à noite.
Hoje é sábado, então resolvemos fazer 15 minutos ao invés de 10. Domingo passado fizemos mais do que isso, porque não coloquei o despertador na hora certa para voltar da meditação. Depois de uns 20 minutos me dei conta que já devia ter passado do tempo.

Tenho percebido níveis de pensamento. Às vezes um pensamento vem forte, como se ocupasse sua cabeça inteira. Mas às vezes estou concentrada nos sons, na respiração e vem aquele pensamento sorrateiro.. pequenino.. lá no fundinho.. um pensamento leve escondido entre o queixo e a nuca. Risos. É a sensação que eu tenho.
Depois de dispersar um pouco, retornei o foco para a minha respiração, fazendo um leve Ujjayi - A respiração do oceano. Esse pranayama me dá a sensação de esvaziamento dos pensamentos. Sinto como se estivesse submersa. O problema é que muitas vezes quanto utilizo uma técnica para afastar os pensamentos, me ocorre que não estou meditando, pois estou fazendo alguma coisa. Outra técnica que utilizei essa semana foi a de contagem:

Pensei o seguinte: estamos meditando concentrados. Ouvimos a respiração, o coração, os relógios da casa, estamos presentes, quando, de repente, involuntariamente surge um pensamento. Tipo um big bang. Do nada. Pensei que isso significa que estamos fora do controle das nossas mentes, os pensamentos dançam na nossa cabeça e nós assistimos. A minha ideia de driblar o pensamento involuntário foi preencher o espaço-tempo com uma contagem, que também é um pensamento, mas é contínuo, bastante simplificado e voluntário, para treinar a concentração. Você consegue contar até 100? Sem pensar em mais nada? 

Como eu disse no primeiro post, concentração é um passo anterior à meditação, vou seguir degrau por degrau.
Por uma mente forte e consciente. Om!