A discussão sobre moda sustentável é muitas vezes associada à questão do uso de couros e peles e a questão do direito animal. À parte do debate sobre usar ou não usar couro animal, vamos falar sobre a alternativa vulgarmente chamada pelo termo "couro ecológico".
Até mesmo porque.... a lei n.4888/65 proibiu o uso do termo quando o produto não é de couro:
Diferentemente do couro fake de base vegetal, há o sintético:
Eu tenho uma bolsa de PU que parece bem resistente, mas vamos falar desse couro molinho a partir do qual fazem muitas roupas, especialmente jaquetas.
Nos anos 2010 eu comprei 2 peças desse "courinho" que reveste tecido, sendo uma jaqueta bege e uma calça vermelha, que literalmente se despedaçaram após meros 3 anos de uso. E foi Pouco uso!
A jaqueta eu comprei numa loja chamada Berksha, quando viajei pro Méximo. Na mesma ocasião, uma amiga que viajava comigo comprou a mesma jaqueta e com ela aconteceu a mesmíssima coisa. Ou seja, indícios de que não tenha sido uma questão de mau-uso, mas da baixa qualidade do próprio produto.Essa mesma amiga, a Joyce, relatou que no mesmo ano uma outra saia que ela tinha também se desfez por completo, inclusive gerando certo constrangimento, pois percebeu o desfacelamento um dia durante a jornada de trabalho!
A minha calça vermelha, ainda bem, percebi que estava se rasgando um minuto antes de sair de casa pro trabalho. Ufa!
Chamar qualquer material que não seja de origem animal, de "couro ecológico" é um erro!
Essa fina película de materiais artificiais tem pouca durabilidade e é impossível recuperá-lo, pois se esfarela. Diferentemente de outros tecidos que, quando rasgam, podem ser costurados.
Nessa semana, o Armário Coletivo, grupo de voluntários que dentre outras atividades, ajudam na recuperação de roupas e upcycling, verificaram que uma série de roupas foram descartadas em razão de serem feitas com esse material. E mais! A Carina Zagonel notou que as roupas eram tanto de marcas desconhecidas, quanto de marcas valorizadas no Brasil, como a M. Officer.
A questão gira em torno do material, tenha a roupa custado barato ou caro.
Seja couro "ecológico", seja couro "sintético", vimos de acordo com a lei nem poderíamos chamar de "couro", porque isso só confunde o consumidor.
Vamos parar de comprar roupas desse "courinho ANTI-ecológico" que só gera mais lixo?
Até mesmo porque.... a lei n.4888/65 proibiu o uso do termo quando o produto não é de couro:
Art. 1º Fica proibido pôr à venda ou vender, sob o nome de couro, produtos que não sejam obtidos exclusivamente de pele animal.
Art. 2º Os produtos artificiais de imitação terão de ter sua natureza caracterizada para efeito de exposição e venda.
Art. 3º Fica também proibido o emprêgo da palavra couro, mesmo modificada com prefixos ou sufixos, para denominar produtos não enquadrados no art. 1º.
Na década de 90 lembro de ter comprado uma calça preta, que lembrava a textura do couro, mas tinha base vegetal e essa calça durou muitos anos.Diferentemente do couro fake de base vegetal, há o sintético:
Veja a fonte deste print aqui. |
Nos anos 2010 eu comprei 2 peças desse "courinho" que reveste tecido, sendo uma jaqueta bege e uma calça vermelha, que literalmente se despedaçaram após meros 3 anos de uso. E foi Pouco uso!
A jaqueta eu comprei numa loja chamada Berksha, quando viajei pro Méximo. Na mesma ocasião, uma amiga que viajava comigo comprou a mesma jaqueta e com ela aconteceu a mesmíssima coisa. Ou seja, indícios de que não tenha sido uma questão de mau-uso, mas da baixa qualidade do próprio produto.Essa mesma amiga, a Joyce, relatou que no mesmo ano uma outra saia que ela tinha também se desfez por completo, inclusive gerando certo constrangimento, pois percebeu o desfacelamento um dia durante a jornada de trabalho!
A minha calça vermelha, ainda bem, percebi que estava se rasgando um minuto antes de sair de casa pro trabalho. Ufa!
Chamar qualquer material que não seja de origem animal, de "couro ecológico" é um erro!
Essa fina película de materiais artificiais tem pouca durabilidade e é impossível recuperá-lo, pois se esfarela. Diferentemente de outros tecidos que, quando rasgam, podem ser costurados.
Nessa semana, o Armário Coletivo, grupo de voluntários que dentre outras atividades, ajudam na recuperação de roupas e upcycling, verificaram que uma série de roupas foram descartadas em razão de serem feitas com esse material. E mais! A Carina Zagonel notou que as roupas eram tanto de marcas desconhecidas, quanto de marcas valorizadas no Brasil, como a M. Officer.
A questão gira em torno do material, tenha a roupa custado barato ou caro.
Seja couro "ecológico", seja couro "sintético", vimos de acordo com a lei nem poderíamos chamar de "couro", porque isso só confunde o consumidor.
Vamos parar de comprar roupas desse "courinho ANTI-ecológico" que só gera mais lixo?
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